vi hoje Lisboa largar-se ao céu em braços e cabelos que poderiam também ser estrelas, poderiam ser casas caídas em ruas cujo nome não sei, poderiam ser e foram nesse mesmo instante
uma palavra nunca dita a tempo
ou os dedos que se perderam em afectos numa pele sem destino aparente
ou os olhos que se cruzaram num fogo súbito
pois que tudo se consome assim num pé de fogo, dançando
dir-te-ia meu amor julgando cabelos e dedos magros compridos o que afinal eram estrelas e um reflexo incrível sobre o Rio, Lisboa submersa largando-se em tons azuis, dir-te-ia todas as mentiras, as mais lindas, as que se conjugassem numa só noite.
num só corpo, indivisível. indizível.
3 comentários:
para quem, como eu,
está separado por um
oceano, de lisboa,
só basta repetir
"indizível".
Abraço e dá um pulo no meu
blog,
abraço
astier
apesar da minha cidade de eleição ser o Porto, conheço Lisboa e gostei muito do texto...Claro que transcende o descrever de uma cidade e por isso parabéns*
"...dir-te-ia todas as mentiras, as mais lindas..." Gostei do texto, como aliás quase sempre gosto.
Fica bem.
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