recolho os olhos, assim, tal qual tos apresento, e fecho a televisão no mesmo canal de sempre
e adormecemos com o som do meio da noite,
esse som lacustre de umbigos e de incertezas e a meio da noite
a televisão acende-se nos olhos e sonhamos savanas
e o teu corpo está frio junto ao meu,
ambos palavras perdidas junto aos candeeiros e aos pégasos
de louça à entrada de casa, assim, de mau gosto e de baixo
tom, temos tão mau gosto para decoração e tudo à nossa volta
arde, deixa arder, assim, como sempre,
e os olhos acendem a televisão a meio da noite e perguntam
coisas como caracóis.
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5 comentários:
Confesso que já sentia falta de ler qualquer coisa assim.
Eu também. É muito tua, esta escrita, e muito bela.
Um beijo de Natal e um raiozinho do sol do verão, que brilha por aqui, pra cada um de vocês.
hey. concentro aqui neste comentário a boa impressão do blog.
:)
muito bem, muito bem.
e um Natal feliz a todos.
de ir às lágrimas diante de tanta verdade.
abraços
rubens
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