De um dourado enegrecido a tez se veste,
Princípio e reentrância,
E o verde nauseabundo dos ciprestes,
Perfeitos à distância.
Composta esta paisagem de uma febre intermitente,
O artífice destila um riso frágil,
São as tintas derramadas sobre as almas,
De soldados sucumbidos, chamas alvas.
Era um quadro de Degas, um pranto ácido,
As paredes recorrentes,
E as entradas dos teus poros, e o mormaço,
Tão mais alto, tão mais quente.
Desfeita à tua imagem, uma deusa sem pujança,
Essas asas enrugadas caem fácil,
E eis que o céu não te permite convidar-nos,
Ao painel frio que representa o teu escárnio.
este é o primeiro poema meu n'A Caixa. Participar deste blog é honra e prazer. Espero manter o padrão.
terça-feira, dezembro 27, 2005
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3 comentários:
e começas muito bem, Poeta.
§
que belo poema, Celso. bom vê-lo aqui também.
Oi Celso!
Bom começo. Belo poema. Parabéns pelo novo espaço.
Abraços do CC.
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